6 Dinamite

É sempre a música
a mais bela musa
a máquina do tempo
que nos põe em movimento
Salva-nos a vida
Quando já não há saída
No momento mais cinzento
É ela que nos dá alento

Usa a música, como musa é única
mistica química fisica quântica
a dança é lúdica nunca púdica
é crónica a mnemónica cósmica
automática semântica balsamica
a metafísica da ritmica sismica
que te abala técnica esquizofrénica
a acústica da electrónica cirúrgica
é terapeutica acompanha-a com botânica
holística farmaceutica xamânica
frenética e caótica para alguns exótica
orgânica narcótica genética atómica
Autêntica e anímica para sempre catártica
Automática anti-estática psicossomática
expande a panorâmica encefálica
Ética e empática é música mágica

Explode dinamite, ecoa pela noite
O beat no limite, de manhã tinite
scratch d’elite até chegar a tendinite
sem convite vai e sacia o apetite
clássicos de afrodite, rave no meia cave
tá tudo suave na nave não há entrave
o suor escorre do tecto, estalactite
tudo certo, o subgrave abana a celulite
cumplicidade à velocidade da cidade
o som veloz com a voz em unidade
sonoridade a atar os nós da amizade
que não acabe a sensação de liberdade
ninguém se inibe, quem sabe a festa nunca finde
não parte, o que a música une nada divide
é tarde mas bate até que o PA desabe
e que o coração palpite apaixonado pela arte