7 Construir e Libertar

Tenho temas infinitos em mim, vida real.
Autobiografia musicada até ao final.
Não quero ser original, apenas genuíno.
Só posso ser eu, cada um com o seu destino
E não ando a reboque, sei há muito quem sou;
Desde puto que dou aquele toque que te acordou.
Lobo solitário, teu fiel fiduciário,
Eremita solitário, activista libertário.
Venho reclamar o que é meu por usucapião
Eu não jogo o jogo, fica na tua, campeão!
Desculpa a presunção, mas a minha ambição
É viver para além da morte, eterna inspiração.
De geração em geração, eis o galardão…
Espero que os teus filhos estudem bem a lição,
Que se cumpram enquanto homens, donos de si,
Pelo exemplo que deixei por cá enquanto vivi.

A injustiça faz de mim uma arma mortífera!
Cumprir o meu fado é construir e libertar.
Semeio a justiça que a palavra activa.
Eu já estou armadilhado, só falta rebentar…

Estão todos no jogo (metem-me nojo)
Imolem-se no vosso próprio fogo, eu estou no dojo
A polir o meu carácter no fio do sabre,
A preparar-me, porque o amanhã ninguém sabe.
Estou-me a cagar para as tendências, sou a referência,
Não vivo de aparências, chega-me a essência.
Digo o que penso, sei que tem consequências.
Agradeço por não ter que bater continências.
Estou sem travão na língua e está bem afiada
Com o cérebro e com o coração conectada.
Estou a cuspir a verdade da zarabatana,
Feita à medida como gravata colombiana.
Que se foda o politicamente correcto!
Nem que morra aqui vou fazer o que é certo!
Tenho espinha dorsal, vertical, nunca me vergo.
Homem perigoso é aquele que matou o ego.