14 Dança Da Atração

Corpos colados, culpa do magnetismo;
Deixou-nos deitados, entregues ao hedonismo.
Tanto tantra, dizes:
-Entra, mergulha em mim.
Recito o mantra –não há início ou fim.
Sem traumas ou medos de ganhos ou perdas,
Conversas eternas, sinceras, sem merdas.
Só o momento de genuína presença,
Uma dança geminada que fortalece a aliança.
É sempre tão bom quando podes ser tu,
Sem o mínimo esforço, simplesmente nu.
No confortável silêncio que comunica
Na sintonia plena duma ligação única.
Tudo exposto, nada fica no interdito.
É suposto que isto seja assim, bonito…
Encontros nada enfadonhos, corpos em brasa,
Enrosco-me em ti nos sonhos, para me sentir em casa.
Sem farsa, é tão simples, é tudo leve.
É uma sorte encontrar quem te acrescente e eleve!
Sem pressa, porque o tempo não existe,
Sem posse, porque cada um de nós é livre
De ser quem é na sua máxima expressão,
Sem limitação, com total espaço de acção.
Somos pólos opostos puxados pela atracção,
Corpos celestes da mesma constelação.

Corpos celestes em rota de colisão
Na magnética dança da atração.
Em dialéctica transcendental
Voam livremente no espaço sideral.