17 Linha Invisível

Splinter

É a alma que se eleva num corpo complexo;
O nosso cérebro não é uma máquina,
É o nosso próprio universo!
Concentrado e disperso,
Rigoroso e sem nexo,
Reflexo da grandiosidade,
Sentir a terra é um processo
Que é interrompido em tenra idade
Na cidade do progresso
(Onde) a nossa insanidade cresce
E o amor é como o sucesso
—Efémero—
(Transição para o eterno)
Sentimento de impotência.
Paciência é pouca, o ódio é ténue!
Isto é uma linha invisível,
Pessoal e intransmissível.
Visões são como canções
Que te elevam a outro nível.
Transbordo nas emoções,
Sentir a arte é incrível
Em todas as suas expressões,
Sensível, sentido (sexto)…
Viver é o único e maior pretexto.
Um abraço ou um beijo, sem trauma,
Manter a calma, sempre que me aleijo
Eu olho para o céu…
Pensei de mais, eu nunca esqueci,
Não fiz o meu luto e cá luto sem ti,
Raiva do trauma que só o mar acalma,
É assim…
Pupila de gato,
a captar o universo…
Eu escrevo mais um verso
E (ternamente) grato, Yeah!

Maze

Ser ou não ser, eis a questão.
Seguir o coração, realmente viver de verdade
Ou passar por aqui de raspão?
Abrir os olhos, ver a grande ilusão,
Ser estoico num mundo egoico no qual
Toda a gente só quer ter razão;
O Deus é o cifrão, conquista o quinhão.
Será que ser escravo traz satisfação?
Vidas em vão num ganha-pão
Para sobreviver sem realização.
Alienação, liga a televisão,
Obliteração do sonho em acção.
Voltar vão, nesta encarnação
Ou ter por missão a iluminação.
Ter ou não ter, não é a questão.
Sobrevivência não é opção ou utopia macabra.
Trava a evolução!
Fechar os olhos, respiração.
Manifestar os nossos desígnios bem definidos,
Poder da intenção.
Deveres e Direitos não são regalias
Perdidas nas malhas da corrupção.
Açambarcar sem compaixão,
Caim e Abel, irmão contra irmão.
Enriquecer e levar para o caixão
Sem partilhar não é solução.
Sustentabilidade é obrigação
—Responsabilidade de uma geração—
Sim é urgente a transmutação!
Sim é urgente a transformação!
Já!